O volume inclui um capítulo sobre a origem do idioma, desde o latim ao português contemporâneo. Segundo a editora, esse é um estudo não apenas gramatical, mas também linguístico, pois destaca e valoriza os meios expressivos da língua. Há também um capítulo dedicado a noções de versificação.
Esse é um livro de gramática que se destaca por sua confiabilidade. Seu conteúdo é voltado para quem se prepara para concursos públicos e demais estudantes. Perfeito para consultas, o conteúdo é composto por uma completa coleção de noções gramaticais e esclarecimentos de dúvidas de português.
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Usando quadros explicativos e citações de renomados autores literários, a Gramática oferece diversos exemplos de usos linguísticos. O conteúdo é bastante didático, apresentando em linguagem clara diversas noções gramaticais, como ortografia, sintaxe, fonética, discurso, figuras de estilo e muito mais.
Integrando a série de livros "Para leigos", o manual é composto em linguagem acessível, facilitando a assimilação de noções gramaticais, ortográficas e de linguagem. Como melhoria, algumas avaliações sugerem a inclusão de comentários nos gabaritos e uma gradação de dificuldade nos exercícios.
Nesse livro de Gramática, o leitor é convidado a se aprofundar na exploração da Gramática, com foco especial nos usos vindos da linguagem falada. Assim, a obra possibilita o contato tanto com formas referendadas pelas normas gramaticais quanto com as variações que ganham legitimidade através do uso.
(Machado de Assis, OC, II, 521.) A vida um contnuo naufrgio detudo: de seres e de coisas, de paixes e de indiferenas, de ambies etemores. (A. F. Schmidt, F, 72.) d) aposto no objeto direto: Assim,apontou com especialidade alguns personagens clebres, Scrates, quetinha um demnio familiar, Pascal, que via um abismo esquerda, Maom,Caracala, Domiciano, Calgula... (Machado de Assis, OC, II, 262.)Jogamos uma partida de xadrez, uma luta renhida, quase duashoras... (A. Abelaira, NC, 54.) e) aposto no objeto indireto:Devorador da vida lhe chamaram, A ele, artista, sbio e pensador,Que denodadamente se procura! (M. Torga, CH, 79.) Meu pai cortavacana para a gua, sua montaria predileta. (J. Amado, MG, 13.) Foi oque sucedeu ao seu maior amigo, ao Abel, quando andavam natraineira do Domingos Peixe. (Alves Redol, FM, 173.) /) aposto noagente da passiva: Esta frase foi proposta por Sebastio Freitas, overeador dissidente, cuja defesa dos Canjicas tanto escandalizaraos colegas. (Machado de Assis, OC, II, 274.) 153 As paredes foramlevantadas por Toms Manuel, av do Engenheiro. (J. Cardoso Pires, D,63.) g) aposto no adjunto adverbial: Uma vez empossado da licenacomeou a construir a casa. Era na rua nova, a mais bela de Itagna.(Machado de Assis, OC, II, 256-257.) Foi em 14 de maio de 1542, umasegunda-feir*. (A. Ribeiro, PST, 272.) h) aposto no aposto: Ascrnicas da vila de Itagua dizem que em tempos remotos vivera ali umcerto mdico, o Dr. Simo Bacamarte, filho da nobreza da terra e omaior dos mdicos do Brasil, de Portugal e das Espantas. (Machado deAssis, OC, II, 255.) No Recolhimento morreram umas, ficaramdesfeadas outras para todo o sempre, cegou a filha do Floriano,fidalgo de Rape, cunhado de meu padrinho, D. Nicforo da UlaMonterroso Barbaleda Fernandes, moo fidalgo da Casa Real e par doReino. (A. Ribeiro, CRG, 29.) i) aposto no vocativo: Razo, irm doAmor e da Justia, Mais uma vez escuta a minha prece. (A. deQuental, SC, 71.) Tu, Deus, o Inspirador, Taumaturgo e Adivinho,D-me alvio ao pesar, prodigando-me o Vinho Que o nctar celestial daeterna Moradia. (A. de Guimaraens, OC, 313.) APOSTO PREDICATIVO Como APOSTO atribui-se a um substantivo a propriedade representada poroutro substantivo. Os dois termos designam sempre o mesmo ser. omesmo objeto, o mesmo fato ou a mesma ideia. 154 jc;' Por isso, oAPOSTO no deve ser confundido com o adjetivo que, em ifuno dePREDICATIVO, costuma vir separado do substantivo que modifica poruma pausa sensvel (indicada geralmente por virgula na escrita).Numa orao como a seguinte: E a noite vai descendo moda e calma...(F. Espanca, S, 60.) que tambm poderia ser enunciada:
Paulo no perdoou a ofensa do colega. Paulo no generoso. 2. Aoreconhecermos a predominncia da ordem direta em portugus, nodevemos concluir que as inverses repugnem ao nosso idioma. Pelocontrrio, com muito mais facilidade do que outras lnguas (do que ofrancs, por exemplo), ele nos permite alterar a ordem normal dostermos da orao. H mesmo certas inverses que o uso consagrou, e setornaram para ns uma exigncia gramatical. INVERSES DE NATUREZAESTILSTICA Dos fatores que normalmente concorrem para alterar asequncia lgica -dos termos de uma orao, o mais importante , semdvida, a nfase. Assim, o realce do SUJEITO provoca geralmente a suaposposio ao VERBO: Quero levar-te a ddalos profundos, Onde refervemsis... e cus... e mundos... (Castro Alves, EF, 44.) Es ta! Es ta!Sempre vieste, enfim! (F. Espanca, S, 140.) No vs o que te dou en?(V. de Morais, PCP, 297.) 157 cj0 l?1' '1*" Ao contrrio, o realcedo PREDICATIVO, do OBJETO (DIRETO ou INDI->) e do ADJUNTOADVERBIAL expresso de regra por sua antecipao verbo: Fraca foi aresistncia. (C. dos Anjos, MS, 313.) Minha espada, pesada a braoslassos, Em mos viris e calmas entreguei. (F. Pessoa, OP, 67.) A eladevia o meu estado psquico cinzento e melindroso. (F. Namora, DT,59.) Acol, na entrada do Catongo, uma festa de mutiro. (AdoniasFilho, LP, 30.) r INVERSES DE NATUREZA GRAMATICAL Em outros lugaresdeste livro tratamos da colocao de termos da ora-lo. Nos Captulos10, 11 e 14 estudamos, respectivamente, a posio: a) do ADJETIVOcomo ADJUNTO ADNOMiNAL; b) dos PRONOMES, em particular dos PRONOMESPESSOAIS TONOS que servem de OBJETO DIRETO ou INDIRE-To; c) doADVRBIO e de outras classes de palavras cm sua funo oracio-aaj, NoCaptulo 19 examinamos as figuras de sintaxe denominadas IBPRBATo,ANSTROFE e sNQUiSE. Por isso, vamos restringir-nos aqui apenas aalgumas consideraes quanto posio do VERBO relativamente ao SUJEITOe ao PREDICATIVO. INVERSO VERBO + SUJEITO 1. A inverso VERBO +SUJEITO verifica-se em geral: a) nas oraes interrogativas: Quefozes ta de grande e bom, contudo? (A. de Quental, SC, 64.) Ondeest a estrela da manh? (M. Bandeira, PP, I, 233.) b) nas oraes quecontm uma forma verbal imperativa: Ouve ta, meu cansado corao, Oque te diz a voz da natureza: (A. de Quental, SC, 51.) 158 Dize-meta, cu deserto, dize-me ta se muito tarde. (C. Meireles, OP, 502.)c) nas oraes em que o verbo est na passiva pronominal: Formam-sebolhas na gua... (F. Pessoa, OP, 160.) Servia-se o almoo s dez. (C.dos Anjos, MS, 4.) d) nas oraes absolutas construdas com o verbo nosubjuntivo para denotar uma ordem, um desejo: Que venha essa coisamelhor! (M. Rubio, D, 17.) Chovam lrios e rosas no teu colo! (A. deQuental, SC, 35.)
justia colheita velhice verdade viagem doena glria opiniolimpeza largura bondade otimismo doura caridade ira SUBSTANTIVOSPRPRIOS E COMUNS Os substantivos podem designar a totalidade dosseres de uma espcie (DESIGNAO GENRICA) ou um indivduo dedeterminada espcie (DESIGNAO ESPECFICA). Quando se aplica a todosos seres de uma espcie ou quando designa uma abstrao, o substantivochamado COMUM. Quando se aplica a determinado indivduo da espcie, osubstantivo PRPRIO. Assim, os substantivos homem, pas e cidade socomuns, porque se empregam para nomear todos os seres e todas ascoisas das respectivas classes. Pedro, Brasil e Lisboa, aocontrrio, so substantivos prprios, porque se aplicam a umdeterminado homem, a um dado pas e a uma certa cidade. SUBSTANTIVOSCOLETIVOS COLETIVOS so os substantivos comuns que, no singular,designam um conjunto de seres ou coisas da mesma espcie.Comparem-se, por exemplo, estas duas afirmaes: Cento e vinte milhesde brasileiros pensam assim. O povo brasileiro pensa assim. Naprimeira enuncia-se um nmero enorme de brasileiros, masrepresentados como uma quantidade de indivduos. Na segunda, semindicao de nmero, sem indicar gramaticalmente a multiplicidade,isto , com uma forma de singular, consegue-se agrupar maior nmeroainda de elementos, ou seja, todos os brasileiros como um conjuntoharmnico. Alm desses coletivos que exprimem um todo, h na lnguaoutros que designam: a) uma parte organizada de um todo, como, porexemplo, regimento, batalho, companhia (partes do coletivo geralexrcito); b) um grupo acidental, como grupo, multido, bando: bandode andorinhas, bando de salteadores,'bando de ciganos; c) um grupode seres de determinada espcie: boiada (de bois), romaria (deramos). 172 ia-se tambm incluir entre os coletivos os nomes decorpora-sociais, culturais e religiosas, como assembleia,congresso, congrega-iclio, conclave e consistrio. Tais denominaesafastam-se, no en-, do tipo normal dos coletivos, pois no sosimples agrupamentos de antes representam instituies de naturezaespecial, organizadas em Qtidade superior para determinado fim.'Bis alguns coletivos que merecem ser conhecidos: (de lobos) (degado grande: bois, bfa-, etc.) uiplago (de ilhas) (de espigas) (deexaminadores) (de msicos) (de aves, de ciganos, de malfeietc.) (debananas, de uvas, etc.) (de camelos) da (de caranguejos, de chaves,malandros, etc.) '.iro (conjunto de canes, de iias lricas) (deviajantes, de peregrinos, estudantes, etc.) (de peixes) (deassassinos, de malandros, malfeitores) (de gente, de pessoas) dao(de estrelas) (de vadios, de tratantes, de ve->s, de ladroes)(de anjos, de cantores) (de atores) (de soldados, de anjos) aula(de ladres, de desordeiros, assassinos, de maltrapilhos e de vadios) (de cabras) (de lenha, de capim) (de navios mercantes, denibus) girndola (de foguetes) horda (de povos selvagens nmades, dedesordeiros, de aventureiros, de bandidos,
De embaixador h, convencionalmente, dois femininos: embaixatriz(a esposa de embaixador) e embaixadora (funcionria chefe deembaixada). 187 3?) Certos substantivos que designam ttulos denobreza e dignidades formam o feminino com as terminaes -esa, -essae -isa: MASCULINO FEMININO MASCULINO FEMININO abade baro condeabadessa baronesa condessa dicono duque sacerdote diaconisa duquesasacerdotisa Observao: De prior h o feminino prioresa (superiora decertas ordens) e priora (irm de Ordem Terceira). Prncipe faz nofeminino princesa. 4a) Os substantivos terminados em -e, noincludos entre os que acabamos de mencionar, so geralmenteuniformes. Essa igualdade formal para os dois gneros , como veremosadiante, quase que absoluta nos finalizados em -nte, de regraoriginrios de particpios presentes e de adjetivos uniformeslatinos. H, porm, um pequeno nmero que, semelhana da substituio -o(masculino) por -a (feminino), troca o -e por -a. Assim: MASCULINOFEMININO MASCULINO FEMININO elefante elefanta mestre mestragovernante infante governanta infanta monge parente monja parentaObservao: Os femininos giganta (de gigante), hspeda (de hspede) epresidenta (de presidente) tm ainda curso restrito no idioma. 5a)So dignos de nota os femininos dos seguintes substantivos:MASCULINO FEMININO MASCULINO FEMININO av av maestro maestrina cnsulconsulesa pton pitonisa czar feia frade czarina felana freira poetaprofeta raj poetisa profetisa rani grou heri grua herona rapaz reirapariga, moa rainha jogral jogralesa ru r .gw o feminino de rapazmais usado em Portugal. No Brasil, prefere-e i razo do valorpejorativo que, em certas regies, o primeiro termo adquiriu.SUBSTANTIVOS UNIFORMES SUBSTANTIVOS EPICENOS Denominam-se EPICENOSos nomes de animais que possuem um s iiero gramatical para designarum e outro sexo. Assim: a guia a mosca o besouro o polvo a baleia aona o condor o rouxinol a borbolet 2ff7e9595c
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